terça-feira, 7 de julho de 2015

ARPEJO (10 junho 2011)



Talvez

O que doa mais

Não é nem mesmo

O fato de você

Não me ter gravado.

O que dói mais fundo

É essa ausência de arranjos,

A necessidade de ouvir

Todos esses acordes que me vêm

Ao redor de minhas melodias,

Esses arranjos que escuto

Nos dias de inverno

Quando é quase uma sinfonia.

Talvez que seja dor maior

Não poder gravar o arpejo

Com uma orquestra,

Todos estes sons

Que me vieram

No meio desses tons,

Na imanência

Do teu desejo.



(Lógica e Tal - Joyce Pires)

Nenhum comentário: