domingo, 19 de julho de 2015

A SATISFAÇÃO DO ARTISTA



A SATISFAÇÃO DO ARTISTA

ao compor sua obra é uma experiência íntima, que se basta, não depende de
exposição. Quando veiculada,  a obra do artista é recriada e então já é outra, a satisfação alargada, ampliada, uma comunhão compartilhada.
Assim a obra se completa no outro que se recria a si mesmo ao recriá-la. E a obra é transcendente ao tornar-se transpessoal. Só assim é revolucionária.
Privar artista e obra da veiculação é interromper o processo cultural necessário à renovação social. É algo perverso, cometido através de veladas atitudes que camuflam a luta ideológica das classes, prática usual da dominação capitalista. Adiar a veiculação da obra do artista é um crime de censura, um ato reacionário e conservador que limita o artista ao papel de bode-expiatório.
Mas, o artista liberta-se: é bodisatva!

(Lógica e Tal – Joyce Pires – 30 dezembro 2012)

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