A SATISFAÇÃO DO ARTISTA
ao compor sua obra é uma
experiência íntima, que se basta, não depende de
exposição. Quando
veiculada, a obra do artista é recriada
e então já é outra, a satisfação alargada, ampliada, uma comunhão
compartilhada.
Assim a obra se completa no
outro que se recria a si mesmo ao recriá-la. E a obra é transcendente ao
tornar-se transpessoal. Só assim é revolucionária.
Privar artista e obra da
veiculação é interromper o processo cultural necessário à renovação social. É
algo perverso, cometido através de veladas atitudes que camuflam a luta
ideológica das classes, prática usual da dominação capitalista. Adiar a
veiculação da obra do artista é um crime de censura, um ato reacionário e
conservador que limita o artista ao papel de bode-expiatório.
Mas, o artista liberta-se: é
bodisatva!
(Lógica e Tal – Joyce Pires –
30 dezembro 2012)
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