A CRIPTOMÉRIA ( 14 dez. 2010)
Naquele seu espaço, o céu surgiu.
Das três mudas que plantei em 77
Essa criptoméria elegans, deitada agora,
Era a mais visível, da varanda.
Caiu ontem, com a ponteira na pereira
E levantou uma roda de meio metro
De chão, com suas raízes cheias d´água.
Ainda tem nas pontas das verdes folhas
As gotas da chuva, que esperam o sol
Para irradiar aquele brilho. Linda.
Até para cair foi generosa. Eu vi.
A queda veio depois do estalo
E se deixou deslizar exatamente
No caminho da ardósia, onde a água escorre
Entre a varanda e o jardim de xaxins.
Tão grande, oito ou nove metros,
E apenas amassou algumas hortências.
Não vou cortá-la. Nem as outras...
Vou podar os galhos já secos e deixar
Assim, ainda parte integrante do jardim.
Elegante e serena, Senhora do Hades:
-Salve, Perséfone! Sempre verde.
(Lógica e Tal - Joyce Pires)
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