quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A HORA DA COLHEITA (04 abril 2009)

Uma formação social, ou melhor, uma formação econômico-social é a totalidade de relações de produção determinadas, cujo desenvolvimento é um processo histórico natural. Não é uma “sociedade” ou um agregado mecânico de indivíduos que está sujeito a mudanças segundo arbítrio de autoridades ou governos ou de interesses particulares, que nasce e se transforma ao acaso... Uma formação social se desenvolve de acordo com certas leis materiais, num processo que é histórico e dialético, ou seja, de acordo com as leis da luta de classes e da revolução. Isto que Karl Marx chamou de lei de desenvolvimento da história humana - que é a mutabilidade das formações sociais.
Em Para a Crítica da Economia Política, Marx nos diz assim : “Na produção social da sua vida, os homens entram em determinadas relações necessárias, independentes da sua vontade, relações de produção que correspondem a uma determinada etapa do desenvolvimento das suas forças produtivas materiais”. A totalidade destas relações de produção forma a estrutura econômica da sociedade, a base real sobre a qual se ergue uma superestrutura jurídica e política e à qual correspondem determinadas formas da consciência social. O modo de produção da vida material é que condiciona o processo da vida social, política e espiritual. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas, inversamente, o seu ser social que determina a sua consciência. Numa certa etapa do seu desenvolvimento, as forças produtivas materiais da sociedade entram em contradição com as relações de produção existentes, ou, o que é apenas uma expressão jurídica delas, com as relações de propriedade no seio das quais se tinham até aí movido. De formas de desenvolvimento das forças produtivas, estas relações transformam-se em grilhões das mesmas. Ocorre então uma época de revolução social. (Zur Kritik der politischem ökonomie (1858) – Karl Marx)

Nessa contradição entre forças produtivas materiais e relações de produção capitalistas está a possibilidade de mudança. A dialética não é um processo de evolução reformista.
Trata-se da organização dos trabalhadores em classe revolucionária e a conquista da democracia.
No momento em que compreendemos que as condições objetivas da transformação estão maduras só o que precisamos fazer é... colher os frutos.
As relações de produção capitalistas, dominantes hoje, no mundo, estão detendo o desenvolvimento completo da humanidade. Não vamos deixar os frutos apodrecerem; não é mesmo ?!
O mundo tem fome, de alimentos, de justiça e de liberdade.
E essa colheita é obra para o conjunto daqueles povos que estão com fome. Então,
UNI - VOS !!

(Diário do Bardo – Joyce Pires)

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