Seus olhos são duas luas
negras
navegando no céu, soberanas
porque a Terra partiu-se
e gerou uma outra de si.
Mais jovem... idêntica à
primeira ?
Seus olhos asiáticos e
místicos
revelam na noite, indômitos
curvas centrífugas
veios, câmaras, hades
Katábasis nos tártaros
em busca das juras dos Raios
às águas do rio Estige.
Seus olhos de gueixa
contemplam a parúsia
e quase tristes
Duas luas negras
quase noite sem fim.
(Joyce Pires -
Poesia)
Um comentário:
Belíssimo!
Tudo rende poesia quando a alma é arte.
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