domingo, 22 de novembro de 2015

ESTELO



ESTELO        (22 nov.2015)

Voei para a minha solidão
Pássaro sem nome
Sem desejos
Apenas contemplação.
- O que me faz sentir assim?
Esse estranho estrangeiro
do interior
sereno diante de si mesmo
e excluído da normalidade...
exótica figura se destacando
em meio a sombras...
Será o ponto primordial
de todas as narrativas?
Todos os véus que encobrem
tua verdade
não são escolhas que você fez...
Padrões impostos introjetados
amarras em tuas mãos
correntes na garganta
para não gritar: te amo!
A polarização é sempre o rastro
mais fácil
na tradição dos animais, das feras...
Difícil e raro é o caminho mais belo
quando do imaginário se faz o estelo.

(Joyce Pires – Poesia)

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